Tesla, um gênio solitário que aliviou os ombros da humanidade

A genialidade é acompanhada por um alto grau de solidão e isolamento

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Imagem: Pixabay

As grandes mentes da humanidade foram solitárias e, por meio da reclusão, forneceram ao mundo as mais belas obras, sejam elas pinturas, livros ou inovações tecnológicas. Nikola Tesla não foi diferente. Nascido na Sérvia, atual Croácia, desde cedo já sabia que não era uma pessoa dita normal, pois aquilo que o divertia e chamava a sua atenção era diferente daquilo que interessava aos meninos da sua idade, fazendo com que ele se isolasse na maior parte do tempo. Ele achava sua saúde mental perturbadora, sua saúde física desafiadora e sua imaginação excessiva.

Outros grandes gênios da humanidade também eram solitários, a saber, Isaac Newton, Leonardo Da Vinci, Vincent Van Gogh e Steve Jobs foram pessoas que passaram a maior parte de suas vidas isolados e incompreendidos pelos demais sendo chamados de esquisitos. A solidão de Tesla o ajudava a focar os seus pensamentos em suas invenções e o acompanharia durante toda a sua vida. Ele não teve filhos e, basicamente, não se envolveu romanticamente com ninguém.

Tesla possuía a chamada Síndrome da Supermemória e ele não precisava de modelos, desenhos ou experimentos, pois era capaz de imaginar tudo. Ele era um gênio que possuía obsessão em terminar tudo o que iniciava, a ponto de ler os cem volumes da obra de Voltaire. Em uma das escolas pelas quais passou, seus professores escreveram, secretamente, ao reverendo que o rapaz corria risco de prejudicar sua saúde, já que estudava de forma neurótica e ininterrupta, chegando muitas vezes a vinte horas diárias. Era ridicularizado pelos seus colegas pelos seus hábitos, seu excepcional sucesso acadêmico e por ter se tornado amigo de vários professores. Ele só bebia café!

Muitos gênios e especialistas pensam que aqueles em profissões criativas, como inventores, artistas, escritores, designers a até chefes de cozinha, têm taxas muita mais altas de doença maníaco-depressiva, atualmente chamada de bipolaridade. Isso se deve ao fato de que os sintomas maníacos estão associados à criatividade e à produtividade, à alta energia, ao raciocínio rápido e até pensamentos acelerados. Contudo, traços maníacos contribuem para o sucesso, especialmente em áreas que necessitam a novidade. Quando a mania se soma ao gênio real, nas poucas vezes que isso foi visto na história, chega-se a um Nikola Tesla.

Tesla ultrapassou os limites da genialidade a ponto de mergulhar nas profundezas das frustrações e do desespero, jogando-o em um estado de exaustão total que o fazia sentir estar à beira da morte, muitas vezes. Não seria exagero dizer que ele tinha um transtorno mental estranho, cuja causa principal era a superabundância de memória, permitindo-o também, memorizar livros inteiros. Além da corrente alternada e da Bobina de Tesla, Nikola contribuiu grandemente para o rádio e a lâmpada fluorescente e permitiu grandes avanços nas pesquisas relacionadas ao Raio-X e ao Radar.

Seu mantra era aliviar o fardo dos ombros da humanidade e ele o fez brilhantemente. Tesla morreu em 7 de janeiro de 1943, em Nova Iorque, onde viveu quase toda sua vida. Ele chegou aos EUA pobre, ficou rico e morreu pobre sem deixar nenhum herdeiro aparente, filhos ou discípulos e nunca quis ser o centro das atenções. A Enciclopédia Britânica o listou como uma das “dez mais interessantes figuras históricas”, e a Revista Life como uma das cem pessoas mais famosas dos últimos mil anos.

*Trechos em itálico retirados do livro Tesla: A vida e a loucura do gênio que iluminou o mundo

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